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Stablecoins podem impulsionar o btc na economia global

O empresário Rocelo Lopes, que é conhecido por fundar a Trutter e a SmartPay, trouxe à tona questões importantes sobre o papel das stablecoins e do Bitcoin no futuro das finanças. Durante uma entrevista, ele afirmou que essas moedas estáveis estão atuando como uma espécie de “cavalo de Troia” no sistema financeiro, preparando o terreno para o Bitcoin se consolidar no mundo.

Segundo Lopes, o mercado de criptomoedas passou por um processo de amadurecimento e as stablecoins servem como uma ponte entre o sistema financeiro tradicional e o universo descentralizado. Porém, ele fez questão de ressaltar que, apesar de sua utilidade, essas moedas ainda são centralizadas e sujeitas a controle.

Com o novo marco regulatório das stablecoins nos Estados Unidos, conhecido como Genius Act, Lopes destacou que isso traz segurança jurídica e abre oportunidades para novos investidores. Para ele, essa regulamentação legitima o uso dessas moedas digitais em larga escala. “O maior mercado do mundo criou um marco regulatório para stablecoins, e isso traz sossego. Mas o destino de todos será o Bitcoin; não há outro caminho”, reafirmou.

Ele também alertou que, mesmo com as vantagens, as stablecoins operam dentro de uma estrutura vulnerável. “Se um governo quiser intervir, ele consegue. Isso não acontece com o Bitcoin, que é descentralizado e não pode ser controlado por ninguém”, disse.

Stablecoins, Bitcoin e o futuro dos pagamentos

Lopes usou sua análise para abordar a questão da privacidade de dados. Ele acredita que bancos e corretoras que trabalham com stablecoins precisam garantir a proteção dos dados pessoais e sobre a situação fiscal dos clientes. “Não é certo declarar ao fisco que tenho criptomoedas e ver essa informação vazando. Isso precisa ser melhorado”, enfatizou.

Ele recordou um incidente em 2024, quando sua empresa alertou o Banco Central sobre movimentações suspeitas que poderiam ter causado grandes prejuízos. “A descentralização é a melhor proteção contra abusos e crises”, afirmou Lopes, sublinhando que o Bitcoin deve ser a base das finanças do futuro. Ele recomenda que empresas sérias mantenham reservas estratégicas em Bitcoin para se proteger de crises econômicas.

Um mercado maduro e inquebrável

Ao discutir o cenário internacional, Lopes acredita que o setor de criptomoedas já se tornou grande demais para ser destruído. Mudanças políticas, como a possível saída de figuras proeminentes, não devem ter um impacto significativo nesse ecossistema, segundo ele. “O setor está grande demais para falhar. Empresas gigantes estão acumulando Bitcoin, e nenhum governo terá coragem de destruir essa riqueza”, avaliou.

Ele citou exemplos de companhias como a Strategy, liderada por Michael Saylor, e a Metaplanet, no Japão, que já veem o Bitcoin como uma reserva estratégica. “Essas empresas não precisam vender Bitcoin para lucrar; usam como garantia e geram receita. É o futuro das finanças”, explicou.

Rocelo Lopes concluiu que o Bitcoin atingiu um status de “Too Big to Fail” — uma expressão que descreve instituições grandes demais para falhar. “Chegamos a um ponto em que o Bitcoin se tornou parte estrutural da economia global. Não tem volta. As stablecoins podem abrir o caminho, mas o destino é o Bitcoin”, afirmou.

Rafael Cockell

Administrador, com pós-graduação em Marketing Digital. Cerca de 4 anos de experiência com redação de conteúdos para web.

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